Praça de Todas as Nações

Equipamento | Espaço Público | Partipação | Urbanismo

Anjos, Lisboa, Portugal

Projecto

A Praça das Novas Nações é um espaço público fulcral no território dos Anjos. Embora se verifique um elevado estado de degradação e abandono, esta praça é um ponto de referência com movimento, ocupação e vivência constantes da população do bairro e das crianças da Escola Básica Sampaio Garrido.

Desde 2012 que são pensadas soluções com as crianças da Escola e entre 2018 e 2019, no âmbito do programa BIP-ZIP, as cooperativas Trabalhar com os 99% e SOU Largo Residências, com o essencial apoio da Escola, desenvolveram um processo de discussão pública sobre o futuro da praça. Esse trabalho, desenvolvido no seio da Escola pelos alunos, foi cruzado com vários momentos de discussão em assembleia de moradores. O processo foi amplamente divulgado, com o apoio dos comerciantes do bairro na publicitação de convocatórias e divulgação da evolução do projeto.

A insegurança e desconforto que quotidianamente se sente na entrada e saída da escola e o potencial de alargamento do recreio para o Bairro reforçam a urgência deste projeto, que concretiza um processo de envolvimento popular e dá resposta a múltiplas preocupações:

Ligação pedonal directa entre Praça e Escola;
Reforço do sistema arbóreo e permeabilidade dos solos;
Alteração do sistema viário, com redução de áreas destinadas à circulação automóvel e manutenção de circulação de autocarros;
Desenho de passagens de peões acessíveis a cidadãos com mobilidade condicionada;
Criação de espaços de jogo inter-geracionais e multifuncionais, fora do âmbito de um tradicional parque infantil;
Criação de espaços de esplanada junto dos cafés da praça;
Organização do sistema de lixos;
Concretização de extensas áreas de estar ao longo do jardim.

Trata-se do resultado de uma iniciativa com alguns anos de discussão e participação, na qual um bairro se mobilizou para decidir e propor ao município aquilo que acha que deve ser feito da sua praça.