Este projeto foi planeado para ser desenhado com a participação da população de todo o território de Marvila Antiga e em respeito pelos laços que esta zona estabelece com a envolvente. Isto significou quer a realização de reuniões temáticas sobre o edifício do Palácio, na sua vertente habitacional e o seu importante pátio, quer o olhar atento ao seu quotidiano. Assim, a metodologia seguida foi em dois sentidos: por um lado a discussão temática, como referimos e, por outro, um trabalho quotidiano de conversas e pequenas atividades que foram sendo desenvolvidas e que permitiram à equipa ir afinando possibilidades, conflitualidades e expectativas. Optar por um trabalho de campo mais longo que patrocinasse conversas e convívios ao mesmo tempo que se chamavam outros atores locais para a conversa permitiu acrescentar variáveis que de outra forma não seriam perceptíveis enquanto projectistas externos. Entender vivências implica uma observação atenta e uma maior plasticidade metodológica para o que se entende por participação.

Aquilo que este projeto apresenta, acreditamos, está enquadrado nos objetivos estratégicos do município ao propor que o edifício possa ser devolvido à população da cidade enquanto edifício de habitação pública. Sabendo-se da necessidade de expansão do parque habitacional público municipal, o que aqui se propõe é não só responder a esta premissa como a hipótese de ensaio de um outro modo de habitar onde a habitação se conjuga, num mesmo edifício, com outras valências pré-existentes representadas pela coletividade Sociedade Musical 3 de Agosto.

Imagens

Memória descritiva

Ficha técnica

Nome do projecto
Palácio Marquês de Abrantes | Reabilitação
Categoria geral
Habitação
Exposição
Reabilitação
Partipação
Cliente
Câmara Municipal de Lisboa
Localização
Rua de Marvila, Portugal
Estado
Projecto
Áreas
4608,57m2
Data de início
2020
Data de conclusão
2022