Casa das Irmãs Dominicanas de Fátima
Topo
#009
O projeto, desenvolvido ao nível de estudo prévio, inclui a construção de um parque de estacionamento e de uma sala polivalente semi-enterrados, e o reordenamento paisagístico e de arranjos exteriores incluindo a demolição de vários edifícios dispersos que foram ao longo dos anos erigidos de acordo com as necessidades, mas sem qualquer planeamento.
Atualmente, a Casa das Irmãs Dominicanas de Fátima, para além de servir alojamento da congregação, é também um estabelecimento hoteleiro no seu corpo principal a Sul e um externato de pré-escolar e ensino básico no seu corpo a Norte em forma de “L”. Os espaços intersticiais entre estes dois usos, são constituídos maioritariamente por zonas de circulação em pedra calcária ou betonilha de base cimentícia consideravelmente degradada, existindo nos espaços vagos zonas de exploração agrícola pontual. Nestes espaços vazios do terreno, ao longo dos anos, foram erigidos alguns edifícios dispersos, uns como ampliações do existente outros, mais pontuais, para arrumos ou para guardar máquinas de algum porte conforme se pode constatar no desenho da planta nas cores convencionais - ARQ03.
Imagens
Memória descritiva
Em 2004, a Congregação adquiriu o terreno contíguo correspondente aos Art. s 23856, 23852 e 23862 à época abandonados, e com uma ruína como pré-existência.
A proposta centra-se na tentativa de resolução das diferentes problemáticas enunciadas a partir do novo lote (Art.s 23856, 23852 e 23862).
Para este lote propõe-se criar uma zona de filtro, e acesso principal, para automóveis e veículos ligeiros. No piso semi-enterrado, com acesso a Nordeste e saída a Sul, projecta-se um parque de estacionamento para vinte e dois veículos ligeiros, permitindo desta forma suprir as carências de estacionamento da escola. Na cobertura efectiva-se uma nova entrada para a escola, independente da entrada do Albergue, com cinco lugares de stop n’ go para largada e recepção das crianças.
A actual morfologia do terreno é respeitada, na medida em que a cota de entrada (+48.40m) do espaço de estacionamento semi-enterrado é sensivelmente a cota a que está o lote, sendo que a cota da estrada corresponde à cota da cobertura da zona de entrada da escola (+51.00m).
Na cobertura do parque de estacionamento semi-enterrado, circularão não só os automóveis que efectuam o transporte/recolha das crianças da escola bem como os autocarros de turistas, cujo estacionamento fica reservado ao número máximo de quatro lugares na zona imediatamente contígua à única fachada do estabelecimento hoteleiro que não tem qualquer janela de quartos.
Toda esta zona da cobertura, à cota +51.00m, está pensada para, de uma forma expedita, permitir a saída de autocarros conforme se pode constatar pelo desenho das trajectórias constantes da peça desenhada ARQ05.
Esta superfície vai-se adoçando ao longo do terreno, já dentro do actual lote da Casa da Sagrada Família de Fátima, atingindo no seu fim a cota +48.70m convergindo com o terreno existente. Esta rampa abarca toda a área de intervenção, sendo sempre um elemento que se adoça à topografia existente, procurando dar uma leitura de unidade a todo o espaço exterior. A sala polivalente, também semi-enterrada, surge sobre esta topografia à cota +46.47m e com acesso tanto do lado Sul (pensão) como do lado Norte (escola).
A constituição de uma nova entrada de acesso principal da escola, torna possível uma maior divisão entre os dois usos dominantes do terreno, sendo mais fácil a partir daí o delinear de um muro divisório entre o recreio da escola e as áreas exteriores confinadas à pensão. Numa eventualidade de emergência é também delineado um percurso que permitirá a circulação de uma viatura de bombeiros pelo interior dos espaços exteriores, ligando as duas entradas.
Todas as pequenas construções dispersas e o anexo contíguo à escola (a Este) são programaticamente englobadas na proposta (reservatórios de águas, por exemplo), prevendo-se assim, e de acordo com a planta de cores convencionais ARQ.03, a demolição dos mesmos.
Substancialmente esta intervenção revela-se à medida que se vão descobrindo os silêncios provocados pela intervenção “planificadora”. De toda uma superfície que se adoça às pré-existências surge um conjunto de caminhos e percursos que procuram resolver os problemas colocados, construindo-se a matéria edificada sob a dita superfície.
Ficha técnica
- Nome do projecto
- Casa das Irmãs Dominicanas de Fátima
- Categoria geral
- Equipamento
- Espaço Público
- Reabilitação
- Partipação
- Cliente
- Casa das Irmãs Dominicanas de Fátima, Província de Nossa Senhora do Rosário
- Localização
- Fátima, Portugal
- Estado
- Projecto
- Áreas
- 2.471,55 m² (superfície coberta); 7.238,00 m² (área exterior); 9.709,55 m² (área total)
- Data de início
- 2005
- Data de conclusão
- 2007