Dizem que a pandemia é democrática. Que atinge todos por igual.

Mas quando pensamos nos modos de a enfrentar, sobram as desigualdades. Os que podem trabalhar a partir de casa e os que continuam a ter de deslocar-se para o seu local de trabalho. Os que fazem quarentena numa casa em condições e os que fazem quarentena em casas com condições indignas. Os que encontram na quarentena um lugar de segurança e os que vêm a sua casa transformada num espaço de violência. Para não esquecer todos os que enfrentam a pandemia privados da sua liberdade.

Diz-se que cada pessoa vive uma grande crise na sua vida. Esta é a segunda que vivemos. Num curtíssimo espaço de tempo. Como podemos reagir? Como podemos resistir? Como podemos projectar o futuro?

Se a crise nos revela um novo desejo pelo comum (os movimentos à varanda, a solidariedade entre vizinhos, os agradecimentos aos profissionais de saúde), expõe também as enormes diferenças - surgirão novas (ou expor-se-ão antigas) zonas de miséria e desigualdade nas cidades? Quais os discursos que ganham legitimidade sob a máscara da higienização da cidade? O que podemos aprender com o súbito esvaziamento das ruas? A paragem abrupta da produção? Das viagens?

Os ENCONTROS EM QUARENTENA surgem como espaço de diálogo entre o ateliermob e convidados de distintas áreas que, ainda antes da pandemia, enfrentavam os problemas da cidade, da resistência e da busca por um futuro em cooperação.

Memória descritiva

01 Andreia Garcia



02 Catarina Beato


03 Ricardo Paes Mamede


04 Merril Sinéus


05 Susana Caló


06 Joanna Helm


07 Rita Rato


08 António Brito Guterres


Ficha técnica

Nome do projecto
Encontros em Quarentena
Categoria geral
Partipação
Estudo
Parceiros
Andreia Garcia, Catarina Beato, Ricardo Paes Mamede, Merril Sinéus, Susana Caló, Joanna Helm, Rita Rato, António Brito Guterres
Localização
Online
Estado
Concluído
Data de início
2020
Data de conclusão
2020