2012 a 2017 foram tempos de intensa luta e trabalho mas com o que temos pela frente, olhar para trás, parece mais simples.
Ficamos muito contentes por ter três obras seleccionadas nesta lista de sessenta e duas e, particularmente, nestes anos de contexto social e económico tremendamente difícil para o país. Julgamos que nestes três casos conseguimos provar que a arquitectura pode fazer a diferença para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Nas Terras da Costa, a necessidade, estava bem presente. Aliás, é bem presente. A história de conseguir colocar de pé esta cozinha é, também, uma história de candidaturas falhadas até que a Fundação Calouste Gulbenkian entra em contacto connosco. Na Prodac (a publicar brevemente), com financiamento BIPZIP, a dimensão mais difícil foi desenhar com os moradores e de modo a que os próprios moradores conseguissem realizar a maioria dos trabalhos. Na Estação de Canoagem de Alvega, que decorre de um concurso público internacional que vencemos em 2007, a maior dificuldade terá sido a realização de um projecto de execução num curto espaço de tempo a par de uma empreitada determinada a partir dos critérios de mediocridade e precariedade laboral que o Código de Contratação Pública promove.
A soma dos custos destas três obras públicas não terá atingido os 400.000,00 €.
Importa igualmente notar que ficamos particularmente contentes pelo facto desse reconhecimento ser alcançado em Portugal e por um júri, no essencial, composto por colegas que começaram a sua actividade profissional na mesma altura que o ateliermob. À equipa do HP 12-17 - Susana Lobo, comissária geral, Ana Alves Costa, João Fôja, João Gomes, Ricardo Agarez e Susana Constantino - o nosso muito obrigado.
Esta selecção dá-nos o alento e a energia que iremos precisar para o que ainda está por fazer.