Queremos iniciar este texto notando a incrível resposta que temos tido por parte da administração pública portuguesa, com quem partilhamos muito do trabalho que temos vindo a fazer, acelerando respostas, mantendo todos os trabalhos em curso e adiantando processos. A eles, o nosso imenso obrigado.
Ainda que saibamos que o nosso ofício e os serviços que prestamos não estão na linha da frente do combate à pandemia, temo-nos vindo a declarar disponíveis a título colectivo e pessoal no apoio que o país entenda necessário. Não temos dúvidas que, na sequência desta pandemia, um desenvolvimento mais pensado e projectado garantir-nos-á um futuro mais sustentável e justo. E esse futuro projecta-se agora.

Estamos neste momento, a par do desenvolvimento dos projectos que temos em mão, a preparar o nosso novo site, mais interactivo, e com um espaço próprio para o desenvolvimento de ferramentas de participação online.
São tempos de imensa intensidade e responsabilidade e, por isso, importa afirmar que não iremos despedir ninguém e tudo faremos para contratar mais gente. Estamos preparados, e todos e todas devem estar preparados, para que esta situação de confinamento demore mais tempo do que o esperado. Esta será uma experiência difícil mas fazemo-lo por todos e todas. Quando a dúvida entre sair e não sair aflorar lembremo-nos dos milhares de profissionais de saúde que, na linha da frente, não podem regressar a casa todos os dias, não podem estar com as suas famílias ou de todos e todas cuja casa não tem condições para um confinamento salubre.
Neste momento, ficar em casa (quem possa) é o melhor que podemos fazer.
Mas isto não significa, em actividades como a nossa, parar. Antes, cientes que temos um papel central na construção do nosso futuro mais próximo e com maior justiça social, temos de dar mais e melhores respostas.